Chove muito no Sul, mas chuvas seguem irregulares no restante do Brasil

O mês de novembro começou com volume de chuvas acima do normal na região Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e acompanhamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e Paraná, os acumulados pluviométricos ultrapassaram a média histórica, melhorando as condições do solo e permitindo avanço acelerado do plantio das culturas de verão, como soja e milho.

No Paraná temporais com granizo e fortes ventos destruíram lavouras e danificaram instalações de propriedades rurais. O governo estadual informou que o clima extremo atingiu praticamente todas as regiões, com diferentes intensidades e que 23 municípios estão em estado de emergência.

No entanto, o padrão segue irregular no Centro-Oeste e Sudeste. Mato Grosso recebeu bons volumes, mas Mato Grosso do Sul e Goiás ainda enfrentam solo seco em algumas áreas. A Conab indica que a umidade se recupera lentamente nesses estados, e persistem restrições hídricas que dificultam o ritmo da semeadura.

O Sudeste enfrenta o mesmo desafio: chuvas só chegaram com força no segundo decêndio de outubro e seguem mal distribuídas, atrasando o início do plantio em várias regiões e comprometendo o desenvolvimento inicial das lavouras.

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No Nordeste, Matopiba (Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins) viu pouca chuva: a seca limita a semeadura das culturas da safra de verão nas áreas não irrigadas. Já o centro-leste do Maranhão e o Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia) receberam precipitações mais volumosas, favorecendo a manutenção da safra de milho.

Na região Norte, a situação é de contraste: Amazonas e oeste do Pará têm bons níveis de umidade do solo, enquanto sul do Tocantins, Rondônia e sudeste do Pará receberam volumes de chuva abaixo da média, complicando o avanço do plantio.

O boletim de monitoramento climático do INMET prevê que as chuvas elevadas devem continuar no Sul ao longo das próximas semanas, enquanto as demais regiões podem seguir com períodos de instabilidade e distribuição desigual, exigindo atenção redobrada dos produtores no manejo do solo e na definição do calendário de plantio.

Fonte: Pensar Agro

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